Acontecimentos tristes....

....estes últimos tempos temos vindo a ser confrontados com inúmeras noticias sobre o ambiente que se vive em algumas escolas.

Para quem pensa, e ainda há quem pense, que o ambiente escolar é um mar de rosas, a vida de professor não é assim tão fácil e simples.

O professor é um ser muito limitado.

É muito triste quando um professor escreve isto:
"Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio".
É muito triste quando um professor faz "pelo menos sete" participações à direcção da escola, "alertando para o comportamento de um aluno em particular".
E ainda mais triste quando um professor vê que nada foi feito e que a direcção não instaurou nenhum processo disciplinar...

É muito triste quando vemos qual foi o final desta história...

Longe vai o tempo em que os alunos recebiam educação em casa.

Longe vai o tempo em que os professores eram respeitados pelos alunos.

Longe vai o tempo em que os professores eram respeitados pelos pais dos mesmos.

Longe vai o tempo em que os professores eram respeitados pela sociedade.

Desafio quem pensa que a escola e ser professor é um mar de rosas a deslocar-se à escola mais próxima, pedir ao professor titular para o deixar leccionar a sua turma durante um dia.

Um dia, só um dia...garanto-lhes que muitos nem 1h conseguiriam.

Pois é.

Há alunos, bem, não são alunos, são delinquentes que vagueiam pelas escolas e um professor vê-se incapacitado para poder actuar...

Quando um delinquente atira uma faca e passa ao lado de um professor, quando o agride verbalmente, quando agride fisicamente um colega, o máximo que lhe acontece 3 dias de suspensão!!!!

O ambiente escolar pode ser muito cruel, olhem o Leandro, com apenas 12 anos, não aguentou a crueldade deste ambiente.

É bom que comecem a olhar para a escola com olhos de ver...

Qualquer dia já não se sabe o que se está a formar..

Ás vezes, penso que o que está em causa é educar os pais e não os filhos.

Um dia em que estes pais entenderem que são eles os educadores e que é a eles que cabe a educação dos seus filhos e a responsabilidade dos actos praticados por estes.

E, talvez nesse dia as escolas possam trabalhar e desenvolver as funções que lhes estão atribuídas.

E nesse dia, talvez, as escolas voltem a formar pessoas.